Resenha traduzida: A invenção das asas (The Invention of Wings) por Sue Monk Kidd

Resenha traduzida: A invenção das asas (The Invention of Wings) por Sue Monk Kidd

A luta da abolicionista do século XIX e pioneira nos direitos das mulheres Sarah Grimké é o coração do poderoso novo romance histórico de Sue Monk Kidd. Situado – como seu debutante best-seller, The Secret Life of Bees (A Vida Secreta das Abelhas) – no profundo sul da América, onde ela cresceu, The Invention of Wings (A Invenção das Asas) inflexivelmente retrata a brutalidade da escravidão em detalhes vívidos e meticulosos, colocando-o na tradição de romances como Beloved (Amada), de Toni Morrison e relatos em primeira pessoa como 12 Years a Slave (12 anos de escravidão), de Solomon Northup. 
Este é um mundo no qual “ser dono de pessoas era tão natural quanto respirar” e em seu décimo-primeiro aniversário Sarah, a filha de uma rica família, recebe a escrava Handful, que tem dez anos, como um presente, envolta em fitas de lavanda. Mas para Sarah, a situação está longe de ser “natural” e ela vai contra a noção de escravidão, ensinando Handful a ler e prometendo um dia libertá-la – uma eventualidade que conduz o plot conforme os anos progridem de 1803 a 1838. Ao alternar capítulos entre as vozes em primeira pessoa de Sarah e Handful, nós mergulhamos profundamente em ambas as perspectivas; elas compartilham um anseio visceral e “dores torrenciais” por igualdade racial e de gênero.

Todos os dias, revoltas contra a injustiça padronizam o plot. “Você faz suas revoltas da maneira que pode”, observa Handful quando sua mãe é punida por roubar um brilhante pano verde de seu dono, em uma narrativa alinhada com um intricado tema têxtil. “Eu tenho nós em meus anos que não posso desfazer”, lamenta Handful, mas, ponto a ponto, um futuro mais esperançoso é tecido.
Em um mundo assolado pela escravidão moderna, esse é um romance ressonante e iluminador. É uma história sobre a procura por uma voz para expressar uma dor inexprimível. O dialeto “de escravidão” de Handful é repleto de dor, ânsia e desafio, enquanto Sarah, que luta com a linguagem, “puxava palavras de sua garganta como se estivesse retirando água de um poço”. É quando elas encontram vozes para articular a dor de serem silenciadas que elas pavimentam seu caminho para a liberdade.
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Nossa dica para você que está aprendendo inglês é tentar comparar as duas histórias, ouvir o áudio no site do original, e ir praticando a pronúncia.

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