Quando Stephen King acha seu romance “genuinamente assustador” você deve estar fazendo algo certo. Autora de cinco romances anteriores, o sexto livro de Alice Thompson – Burnt Island (Ilha Queimada) publicado hoje pela Salt Publishing – claramente tem toda a esquisitice, energia e estranheza quanto o romance elogiado por King – Pharos.
Frustrado por seu agente, seus rivais literários, sua vida familiar falha e sua inabilidade de escrever best-sellers, o romancista Max Long decide escapar da vida real e se trancar com nada além de sua imaginação para produzir o livro que vai lhe render milhões e apaziguar The Meerkat, seu agente.
Mas Max escolheu Burnt Island como sua caverna criativa – uma ilha atirada em algum lugar na costa atlântica da Escócia – e tão estéril, bizarra e solitária quanto sugere seu nome. Pense, como o filme O sacrifício, mas com nada da jovialidade... talvez com alguma de sua licenciosidade.Três meses de confinamento solitário se transformam em uma significante estadia na mais do que impressionante casa de James Fairfax – ex-banqueiro, escravo do charme e dito rival literário. A ilha e seus habitantes se tornam uma tela na qual sua imaginação corre solta. Sósias, demônios e incestos se entrelaçam em horrores da mente: mas se foi imaginação ou não, ninguém sabe realmente.
Sem considerar a levemente melodramática e clichê descrição de abertura, Thompson é sucinta, direta e simples no estilo – sua pouca densidade evoca a ilha isolada que traz toda a amedrontada confusão de Max. Um plot descomplicado e um número pequeno de personagens dão à imaginação do leitor espaço irrestrito para voar longe. Em 200 páginas, Burnt Islands intriga, assombra e move, incita a ruminação – o tipo de romance do qual você quer retirar citações.
Este é um livro que deixa você faminto por qualquer outra coisa que a autora escreveu e escreverá.
Resenha original: http://goo.gl/r6QBdD
Comentários
Postar um comentário